Estudo realizado pela APFM, com o apoio da NOS, salienta o potencial de reforçar o investimento em soluções que podem reduzir os custos com a gestão e manutenção dos edifícios, assim como o potencial de algumas soluções trazerem impactos ao nível da satisfação dos ocupantes.
O estudo “O roadmap para a adoção do IoT”, realizado no mês de fevereiro deste ano pela APFM – Associação Portuguesa de Facility Management com a participação da NOS enquanto parceiro tecnológico com recursos e soluções dedicadas no paradigma da Internet das Coisas, chama a atenção para o facto de que a gestão de custos é o maior desafio de quem gere imóveis para escritórios, indústria e retalho, função internacionalmente designada como Facility Manager, e onde o IOT pode ter um importante contributo.
Este estudo teve como principal objetivo ser a primeira análise sobre como as tecnologias estão a impactar a gestão dos edifícios onde passamos a maior parte da nossa vida, desde os espaços de escritórios aos de retalho, de hospitais e hotéis e muitas outras tipologias.
“O roadmap para a adoção do IoT”
Embora a Gestão do Espaço e a Eficiência Energética sejam os desafios que mais vão crescer em termos de alocação de recursos para o futuro, destes apenas a Gestão dos Espaços passará a constar do top 3 de prioridades de 60% dos inquiridos que é completado com os desafios de Gestão de Custos e Gestão de Ativos. Por sua vez, a Pegada Ecológica passará de último lugar apenas para sexto, sendo mencionada como uma das três principais preocupações apenas para 18% dos inquiridos.
Quando olhamos para o futuro, os principais trends são:
- Os Facility Managers esperam, no futuro, alocar menos recursos à gestão de custos (-9%) e à gestão dos contratos com os seus prestadores de serviços (-16%) fruto de investimentos em tecnologia recentes ou em implementação este ano;
- Os 3 principais desafios, a 3 anos (gestão de custos, de espaços e de ativos) denota a pressão nos Facility Managers provocada pelo aumento do preço do m2 e dos custos de aquisição e manutenção dos equipamentos necessários ao funcionamento dos edifícios;
- A preocupação com a Satisfação dos Utilizadores, embora a sua presença no top-of-mind suba de 36% para 43%, passa apenas para um modesto 4º lugar;
- A eficiência energética continua a ser vítima de outros desafios mais urgentes, com uma subida de 5% para 18%, mas deixando de estar um último lugar.
A gestão profissional de imóveis, sendo que estes incluem desde edifícios de escritórios a hotéis, espaços de retalho ou até mesmo prisões, está especialmente avançada em países do Norte da Europa, bem como em países com influência anglo-saxónica nos seus modelos de gestão. Em Portugal, o Facility Management é ainda uma disciplina pouco conhecida e muito ligada à Manutenção e à Engenharia. O crescente aumento do preço do metro quadrado e uma maior pressão para utilizar a qualidade de vida nos espaços como fator de atração seja de colaboradores seja de clientes, coloca a sensorização dos edifícios e a utilização do IoT como ferramentas essenciais para dar resposta a estes desafios.
Por forma a dotar os principais decisores de informação relevante para definirem as suas estratégias de IoT, a APFM e NOS realizaram este estudo cujos resultados completos foram apresentados no passado dia 28 de março, pelas 11h30 no Auditório da NOS no Campo Grande. De entre as principais conclusões, salientam-se:
- Atualmente já existem soluções IOT maduras e aplicadas na realidade portuguesa, onde sobressaem a videovigilância (73%), o controlo de acessos (71%) e o controlo remoto de temperatura (67%);
- O nível de satisfação com as soluções implementadas é consideravelmente elevado com mais de 55% dos inquiridos a classificar o este nível como alto ou muito alto;
- O crescimento na adoção de soluções IOT esperado para os próximos 3 anos é muito significado, passando o top previsto das soluções implementadas a ser assegurado por soluções de controlo de consumos (95%), controlo remoto de temperatura (95%) e monitorização de performance de equipamentos (93%)
- As principais barreiras apontadas à implementação de soluções classificadas como “de interesse”, centram-se na falta de prioridade dos projetos, na escassez de recursos nos departamentos de FM para análise e implementação das mesmas e, por fim, nas restrições financeiras.
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