Desenvolvido para tornar mais eficiente o uso do espaço e ao mesmo tempo fomentar o bem-estar dos colaboradores, o “Siemens Office” é um caso de sucesso, com claros benefícios para a produtividade.

“As medidas que temos vindo a implementar para fomentar a flexibilidade, mobilidade, criatividade e trabalho em equipa têm-se revelado tão frutíferas e bem-sucedidas, que estamos a planear alargar o conceito a outras áreas da empresa”, conta Frederico Viana, responsável pela área de Real Estate na Siemens, cuja equipa foi responsável pelo desenvolvimento e coordenação deste projeto piloto, incluindo todos os trabalhos de preparação, adaptação e execução dos espaços, bem como o design de interiores e infraestruturas de TI. “Na Siemens, o conceito “Mobile Working”, bem como o de “hot desk” entre outros do género, estão inseridos numa abordagem mais abrangente a que chamamos “Siemens Office”, já implementada nas instalações da empresa em Alfragide e no Freixieiro (Porto).

Este conceito traduz-se essencialmente na criação de espaços de escritórios que permitam criar ambientes de trabalho flexíveis, modernos, criativos e inovadores e melhor adaptados às necessidades atuais da atividade da empresa”, explica aquele responsável. Implementado em Portugal desde 2011, este conceito, no fundo, vem materializar uma preocupação da empresa “com o bem-estar dos nossos colaboradores”, não se limitando à zona dos escritórios. O grande fator diferenciador deste conceito face a outros conceitos de mobile working é o facto de assentar numa “abordagem holística e integrada que favorece a sustentabilidade e a eficiência”. E garante: “neste momento já temos várias equipas a trabalhar em espaços pensados à luz deste conceito que, acreditamos, contribui para que estas possam usufruir do máximo das suas capacidades e ajudar a gerar os melhores resultados para a empresa.

O ambiente de trabalho que o “Siemens Office” permite criar visa ainda proteger a saúde e bem-estar dos nossos colaboradores e contribuir para a sua satisfação e motivação”, afirma Frederico Viana. Desta forma, o “Siemens Office” foi pensado para cumprir cinco grandes objetivos:

  • favorecer o mobile working (os colaboradores podem trabalhar onde, e quando quiserem, dentro ou fora da empresa);
  • promover a integração da vida pessoal e profissional (através de iniciativas que promovem a flexibilidade para gerir a cada momento as necessidades da vida pessoal e profissional);
  • capitalizar o uso de equipamentos de TI (os colaboradores da empresa podem aceder à rede da Siemens em qualquer lugar e têm os equipamentos necessários para poder trabalhar à distância);
  • estabelecer um ambiente adequado de open-office (através da criação de zonas de trabalho que ora apelam à concentração, ora à criatividade e ao trabalho em equipa);
  • implementar uma utilização de espaço “Não Territorial” (muitos dos postos de trabalho não estão atribuídos – hot desk-, e podem ser ocupados pelos colaboradores de acordo com as suas necessidades).

Não se esgotando no plano do imobiliário propriamente dito, os efeitos do “Siemens Office” são transversais a “outras áreas igualmente importantes, como a sustentabilidade, diversidade, saúde e bem-estar”. As quais, diz o responsável, “estão destinadas a desempenhar um papel cada vez mais relevante na concepção dos ambientes de trabalho, uma vez que influenciam o sucesso do negócio e a satisfação dos colaboradores”.

Flexibilidade, independência e criatividade são aqui potenciadas

Na perspetiva deste responsável, a implementação de soluções que promovam a flexibilidade, a mobilidade, a criatividade e a independência dos colaboradores é uma tendência cada vez mais forte no que toca a espaços de trabalho. Não só porque lhes permite “acompanhar o ritmo cada vez mais frenético dos mercados em que atuam”, mas também porque “se pretendemos continuar a captar e reter os melhores talentos nacionais, temos de continuar a dotar as nossas instalações e os nossos espaços das características mais marcantes e atrativas que poderão fazer a diferença aquando da decisão de vir ou não trabalhar para a Siemens”, conclui.

Créditos: Susana Correia, Público Imobiliário
Entrevista a Frederico Viana, Diretor Siemens Real Estate e Membro dos Órgãos Sociais da APFM