Atualmente, o mundo em que vivemos está a assistir a diversas mudanças, não somente em termos de pandemias mundiais, mas também mudanças socioculturais e demográficas que estão a mudar a forma como compreendemos não só o nosso trabalho, mas também os espaços que nos rodeiam.

Neste sentido, é normal que surjam muitas perguntas para o futuro do setor: o FM deve continuar a centrar-se única e exclusivamente na otimização dos diversos serviços ou deve assumir um papel relevante no desenvolvimento de valor acrescentado para a empresa? E de uma forma geral, que fatores podem determinar o futuro do FM?

Uma das mudanças passa pelo workplace que está a ganhar outro significado após a crise provocada pela Covid-19. As empresas estão a redefinir as suas estratégias com o intuito de se adaptarem a esta nova realidade. Algumas destas estratégias passam por novas normas e ajustes necessários nos processos e políticas corporativas. É desta forma que o FM está a ganhar cada vez mais relevância e importância dentro das organizações, pois é ele que está encarregue de articular da forma mais orgânica possível todos os desafios que as empresas e os seus colaboradores enfrentam.

 

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A figura do Facility Manager deverá ser capaz de disponibilizar informação em tempo real e formar os seus colaboradores operacionais, com o intuito de assegurar que todo o processo associado a esta nova normalidade, seja o mais seguro para todos, porque se antes o foco nas pessoas era importante, agora é ainda mais.

Acreditamos que, quando as empresas e os colaboradores já estiverem adaptados a todas estas mudanças, será o momento de apostar na transformação do serviço. Uma transformação que será uma oportunidade de melhoria numa perspetiva estratégica e que se irá focar nas melhores práticas, inovação ou tecnologia que nos permitam dar uma resposta mais qualitativa às novas necessidades geradas pela Covid-19 a médio e a longo prazo. Grande parte das áreas de negócio abarcadas pelo FM irão transformar-se radicalmente devido à importância que a tecnologia e inovação têm vindo a revelar, sendo que é o momento de apostar definitivamente na sua utilização.

Esta melhoria irá implicar uma revisão necessária dos SLA (Service Level Agreements) e dos KPI’s (Key Performance Indicators) na qual será imprescindível contar com a experiência dos FM’s quando for necessário tomar decisões. As possibilidades que atualmente a IoT já nos oferece, o Worplace Analytics ou a Big Data permitem-nos obter uma rastreabilidade do serviço e realizar uma análise em tempo real que será decisiva para fornecer ao FM uma nova dimensão dentro da dinâmica laboral.

Até agora, o Facility Management tem contribuído não só para o regresso aos espaços de trabalho, mas também no planeamento e gestão das mudanças que irão acontecer a médio e a longo prazo. Portanto, o Facility Manager do futuro irá ser responsável por criar uma comunidade corporativa, promovendo a coesão entre colaboradores e empresas.

Em suma, o principal desafio do Facility Management era e continua a ser o de satisfazer as necessidades dos clientes, porque cuidar do bem-estar dos utilizadores, mantendo espaços seguros é o nosso principal foco. A partir deste objetivo principal, a inovação das nossas práticas irá permitir que continuemos a ser competitivos num futuro que se adivinha promissor.