No início deste mês, realizou-se na sede da APSEI – Associação Portuguesa de Segurança o open day da instituição, subordinado ao tema “Segurança Eletrónica”.

 

Num mundo em que a segurança eletrónica está cada vez mais em voga, a APSEI convidou todos os seus associados e parceiros a assistir a algumas palestras de diversos interlocutores da área de integração de sistemas de segurança electrónica.

Bruno Pinto, da APSEI, abriu a sessão explanando o trabalho realizado pela Associação, focado na formação e difusão de informação, bem como o trabalho realizado pelas comissões técnicas de normalização. Sérgio Lapa, da SANCO ,trouxe para o debate o impacto do Internet Of Things nos sistemas de segurança, focando essencialmente nos dispositivos que são monitorizados online, sendo estes remotamente operados. Tomando como exemplo os hostels no Porto, existe um grande “conforto, comodidade e funcionalidade” em operar remotamente estes espaços, sem que seja necessário “intervenção proativa”. Contudo, segundo o próprio , existe um “lado negro que permite reverter o bom funcionamento dos aparelhos” sendo o hacking dos sistemas o maior flagelo do IoT. Sites como o shodam.io, permitem acessos com listagens a ligações de ferramentas online, dando acesso remoto a milhares de sistemas de segurança, em risco de intervenção alheia. Cabe ao provedor de segurança de cada empresa fornecer sistemas seguros, fechados, em que o único acesso seja feito por elementos responsáveis.

Sérgio Lopes, da AGORA – uma plataforma unificada para o centro de controlo, acrescentando inteligência e gestão de sistemas -, levou como case study o Centro Comercial Alegro de Setúbal, onde a utilização do AGORA trouxe diversas vantagens, sendo a mais significativa a redução de despistes de falsos alarmes, fomentando o “normal funcionamento do Shopping”. O programa tornou o Centro Comercial Alegro IoT Ready, permitindo que a intervenção que sobre ele se realiza, principalmente em termos de segurança e facility management, fosse mais simples e com menos necessidade de intervenção humana direta.

Fernando Santos, da NAUTA, conduziu um debate aberto sobre a compatibilização da instalação de novos sistemas de security, com sistemas já instalados, através de casos práticos, trazendo do público diversas opiniões que coincidiam com as dificuldades que tem este processo. As instalações por vezes “são obsoletas, não permitindo a atualização das mesmas, obrigando à substituição total dos equipamentos”. Sobre esta base, Carlos Nobre da UTC Fire & Security, apresentou as tendências tecnológicas de futuro na área da segurança eletrónica, principalmente em casos de emergência ou de necessidade de evacuação. Por fim, Paulo Pina da Prosegur, expôs a o seu “Ciberhigienização: segurança²” onde focou a necessidade de existirem sistemas inteligentes que promovam a higiene e segurança no trabalho, dando o ponto de vista de quem muitas vezes, isolado tem que zelar pela segurança de um edifício, de forma contínua.

O dia ficou fechado com a Assembleia do NASE, existindo um minicurso, administrado por Silvestre Machado, da Auchan, sobre os “princípios da gestão de um sistema de segurança” e ainda um debate aberto acerca do acesso não autorizado a equipamentos de segurança através da internet.